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Sinfonia Noturna

Saturday, September 24, 2005

Eu despido

Escondemos nossa face na mais profunda tumba
Tememos a exposição, o eu despido cara a cara com o outro
Supondo frágil o relacionamento nu
Tecemos panos e os colorimos, procurando assim
Desviar a atenção do que temos verdadeiramente a oferecer
Como se o pano e a cor pudesse esconder
Quão tolo somos!

E não contentes, travestimos as palavras de significados dúbios
Manipulando-as, reduzindo-as a parâmetros ilusórios
Uma máquina untada para satisfazer arcabouços transitórios
E como uma ave sem pena, nos movemos, envergonhados
Pois uma ave sem pena é repugnante
E nauseante esse viver atormentado
Quão tolo somos!

Colorindo páginas abandonadas
Nem sequer olhamos pros lados, temendo ver a maquiagem escorrendo
O olhar horrendo, assustado, entrar em paranóia
Pisando em cerâmicas quebradas, cacos reajuntados
Em ladeiras vertiginosas, terreno acidentado
Procurando transcender
Como se tudo isso pudesse esconder
Quão tolo somos!

O feixe de nervos e músculos acelera o ritmo
Movimenta-se como um azougue solto no espaço
Foge do abraço, do contato íntimo
Lepra que consome os órgãos, dor lancinante
Como se um ventre estreito expulsasse o feto indesejado
Onde os olhos abertos, mantém o olhar obstinado
Quão tolo somos!


Delícias

Como poderei te amar
Sem exigir que sua face procure a minha
Que o seu corpo encontre o calor do meu?

Como poderei sonhar
Ao encontrar a cama sozinha
Sem os rastros do perfume teu?

Como poderei viver
Se o simples fato de não te ver
Obscurece as tardes ensolaradas?

Como poderei seguir
Ordenar aos pés aonde ir
Se não te encontro mais nas madrugadas?

Talvez as nuvens me confessem
O teu segredo oculto e o endereço
Onde repousa o hálito embriagador

Talvez o céu dos céus apressem
A cura na alegria sem preço
Dessa doença, mal de amor

Então, encontrarei delícias inenarráveis
Consolações inconfessáveis
Um oceano de letras sem ponto final

Então, conhecerei o paraíso prometido
Estendendo o orgasmo incontido
À eternidade rouca de prazer angelical.


Pranto solitário

Dualidade complexa, debilidade e energia
Macho e fêmea, positivo e negativo
Luz e trevas, noite e dia
Bonito e feio, maldade e bondade
E procuram impingir uma figura conformada
Sobre o retrato rasgado em mil pedaços
É o que sou.
Acendo meu rastilho, ateio fogo aos malabaristas
Que tentam me adaptar a rituais ensaiados
Recuso o vôo.
Sou ave indomesticável, tenho meu próprio canto
Rasgo a partitura comum, recuso a ser mais um
Prefiro o encanto do meu pranto solitário
Que a metódica melodia de um canário
Conformado aos instintos coletivos
Desses mortos-vivos que comem o alpiste
Prêmio concedido aos obedientes
Que felizes enchem o papo
Esnobando e ignorando a fome dos diferentes
Que definham, na incorruptível integridade
Recusando o insípido alimento, na verdade
Aguardando o alimento eterno, prometido
Pelo insubordinado Cristo, há dois mil anos.

(Poesias extraídas do livro "Frutos da solidão" de Samuel Rezende)

Sunday, September 04, 2005

As Asas dos Teus Olhos

As asas dos teus olhos fecham
No vôo solitário... esquecido
Nunca encontrou minhas asas
Que procuram as suas
Imagens nuas do olhar perdido.

As asas dos teus olhos silenciam
No triste estertor do teu cansaço
Procuram o abraço incendiado
A estrada escondida
Que revele o castelo abandonado.

As asas dos teus olhos acendem
Oculta esperança dos meus olhos
Mesmo que não me fitem atendem
O aceno, o grito e o sussurro
Coração aflito esmurrando muro.

As asas dos teus olhos queimam
O rosto exposto a tempestade amor
Se na ausência o coração treme
Na tua presença, há de temer
O silêncio de uma flor.

As asas dos teus olhos ferem
Navalhas afiadas em sedução
Fluindo o peso insuportável
Da primeira vista... atração
No lírio impuro de campos virgens.

As asas dos teus olhos pousam
Sobre o luar intenso e apaixonado
Tornando rubra a dourada
Face tímida. Poderia ter imaginado
Que até um astro se renderia?

As asas dos teus olhos pensam
Será que os pensamentos meus
Envolvem os teus?
O banho em fonte de mel e leite
O azeite escorrendo em favos de ternura.

As asas dos teus olhos sonham
Em globos coloridos e jazidas
Com jóias cintilantes sobre os belos seios
E as escondidas
Auréolas dos teus anjos.

As asas dos teus olhos suspiram
Suspiro que perfuma e diz
Que procuras o amor tão esperado.
Poderia ser teu aprendiz
E aos teus olhos ser consolo e consolado?

As asas dos teus olhos cantam
Pássaros serenos e desconhecidos
E o balé das cores
Falam de amores perdidos
Em portais de eternas dores.

As asas dos teus olhos dançam
Sensualidade e inocência
Em teus passos
Estendo ao vazio meus abraços
Espero recolher vestígios.

As asas dos teus olhos partem
Esquecendo os tristes olhos meus
Não houve gesto, nem adeus
A tua despedida dorme aquecida
Na retina partida dos tristes olhos meus.


Fim de Jogo

O jogo acabou
A bola parou
A torcida sumiu
O vazio ficou
A sede aumentou
A vida partiu
E nada mudou
O mundo silenciou
E todos dormiram
E todos sonharam
E todos acordaram
E todos levantaram
E todos gritaram
E todos choraram
A dor sufocou
O grito calou
O olhar desfaleceu
O suor escorreu
A fonte secou
O palco cedeu
A peça findou
Ninguém aplaudiu
Mais um que passou
A terra cedeu
Ninguém te lembrou
O buraco se abriu
E te engoliu.